A INFÂNCIA
Uma cantiga que soa
durante o existir.
As rodas do sonhar que giram
durante o existir.
As travessuras que encantam
durante o existir.
Os sabores groselhas
durante o existir.
As bolebas de mundos miúdos
durante o existir.
As corridas desengonçadas
durante o existir.
Um chiclete colado na cama
durante o existir.
Um estilingue espertalhão
durante o existir.
Um braço quebrado,
uma perna arranhada
uma perna arranhada
durante o existir.
Uma escalada entre galhos
durante o existir.
Um bola solta a voar
durante a existir.
Um chinelo em punho e,
uma bunda em fuga
uma bunda em fuga
durante o existir.
Durante o existir
somos canção.
Durante o existir
somos rodas de sonhos.
Durante o existir
somos travessuras.
Durante o existir
somos sabor groselha.
Durante o existir
somos bolas de gude.
Durante o existir
somos corridas.
Durante o existir
somos chiclete mascado,
braço quebrado,
pernas arranhadas,
escaladas em árvores,
Uma bunda surrada,
e, sobretudo,
Uma infância...
que canta a vida
com boca de estrelas
e mãos de sonhos.
e mãos de sonhos.
Maria Nazaré Ribon Silva
Diretora
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