sábado, 22 de outubro de 2016

PRODUÇÃO DE TEXTO - LÍNGUA PORTUGUESA - VESPERTINO

Para escrever, precisamos de assuntos e inspiração. Uma conversa pode dá origem a textos maravilhosos, como Memória. Parabéns à professora e ao aluno, por este belo texto. Os nossos agradecimentos aos entrevistados pela atenção dada aos nossos alunos.


ANOS DOURADOS DE MINHA VIDA (MEMÓRIA) (7ª Série)

  (GUILHERME NASCIMENTO RODRIGUES)

   Naquela época, era muito difícil a Educação, pois um dos maiores problemas era a distância entre a escola e a minha casa. Tínhamos que andar uns nove quilômetros, pois não havia meio de transporte para a gente. Muitas vezes, era posta de castigo porque chegava na escola uns minutinhos atrasada.

   Às vezes, tínhamos que passar perto de um rio lindo com águas reluzentes, pois tínhamos sujado as pernas com a poeira vermelha da estrada de chão.

  Para irmos a escola passávamos perto de um grande floresta escura e densa, que as vezes nos surpreendiam com animais fascinantes.

   Um dia cheguei em casa e vi minha mãe falando sobre um festa que ia ter na cidade. Ao escurecer, fui correndo falar com os meus irmãos, mas não os achei. Pois onde eu morava era um lugar lindo e grande.

   Perto da casa tinha um riacho com águas transparentes, que quando entravamos dentro dela, parecia que estávamos flutuando. Ao redor do riacho tinham várias árvores frutíferas, como pé de manga, acerola e fruta pão.

  Um dia antes da festa, eu, minha mãe e meus irmãos fomos à cidade para comprarmos roupas novas, pois, as nossas já estavam rasgadas e cortadas.

  Quando já tínhamos andado quatro quilômetros, por aquela estrada de chão vermelho, avistamos um pau de arara e pedimos carona até a cidade.

  Ao chegarmos à cidade, um lugar fantástico, cheio de carros de vários tamanhos e cores, com ruas que pareciam não ter fim. Com casas por todos os lados. Mas mamãe não deixou a gente olhar muito, pois, queria ser rápida. A loja em que fomos comprar roupas era vermelha com um grande nome na frente escrito “Loja de Roupas”. Por dentro ela era ainda mais bonita, com vários manequins com roupas espetaculares. Compramos as roupas logo e fomos embora.

   No dia da festa, mamãe me chamou no quarto dela. Quando eu vi, achei que era neve, mas mamãe me explicou que era pó de arroz, depois que coloquei na minha pele, ela ficou macia como algodão.
Ao chegar à cidade, onde ia acontecer a festa, era uma rua longa que parecia não ter fim. Nessa rua tinha vários ônibus estacionados que nem dava para contar, quase não dava para gente passar. No final dessa rua tinha uma igreja linda e grande.

  As pessoas iam muito arrumadas, com roupas novas. As comidas eram colocadas numa mesa enorme com várias toalhas de várias cores. As comidas eram de um saber magnífico e o cheiro dela ia por toda a cidade. Hoje olho para aquela rua e vejo o quanto fui feliz naquela época de criança.

(Texto baseado na entrevista feita com Azeni Silva Rocha (BECA).  


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